domingo, novembro 25, 2012


Eu, você e reticências.

"Tanto tempo do seu lado, que eu não sei mais ir embora. E não quero. Sempre que eu termino um novo amor, é você que me consola. Toda vez que eu preciso de um colo, por qualquer motivo, é pro seu que eu corro. Você recarrega minhas forças, meu amor, minhas esperanças... tudo acaba sempre igual: eu, você e reticências. Não importa quantas vírgulas a gente ponha, imponha, o fim é sempre nós em continuidade. Suas aventuras, as minhas, nada dá certo, mas a gente nunca dá errado. Você sabe o que fazer, como fazer, quando. Você sabe do que eu preciso, melhor que eu mesma. E é por isso que eu me sinto segura. Encosto em você e desabo, porque eu tenho certeza que você sabe como segurar. E sabe mesmo, sabe bem. A gente tem alguma coisa linda, que mesmo sem um nome ou rótulo, me faz um bem sem tamanho. A gente é alguma coisa que nunca foi conversada ou decretada por nós, mas é bem mais que amizade e no fundo você sabe, eu sei. Nossa magia não é segredo. A gente recebe votos de felicidade, o destino conspira a nosso favor e você me irrita só pra me ver brava. O amor grita e a gente finge que não escuta. Eu, por medo de perder a melhor coisa que eu tenho nessa vida. Você, quem sabe? Só sei que você tá certo, sou louca e estranha. Apaixonada e tua."
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quarta-feira, novembro 21, 2012


Eu acho Isso...

"Dar um passo para trás, uma recuada estratégica, não é assim que diriam num campo de guerra? Bom, a vida tem lá os seus momentos de guerras… Momentos de uma Recuada Estratégica."
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segunda-feira, novembro 19, 2012


É, eu preciso.

"Há um mundo dentro e fora de mim que eu preciso simplesmente desvendar, que eu não me conformo em olhar e aceitar. É, eu preciso. Preciso de amigos ao meu lado o tempo todo, mas às vezes preciso de solidão. Preciso do choro e do riso. Da faca e da rosa. Do amor, do perdão, da simplicidade. Hoje, estou meio Jaya: "Preciso de alguém que me segure com a boca." Meio Chico: "Eu preciso de alguém para refletir comigo se estou caduco, louco, ou se o mundo está ficando esquisito." e meio Caio: "Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo." Eu simplesmente sou e preciso (e por hoje, isso me traduz!)"
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quarta-feira, novembro 14, 2012


Só acho...

“O relógio devia me dar um tempo ou parar até eu me resolver.”

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terça-feira, novembro 13, 2012


Eu vivo errando...


"Só que muitas vezes eu preciso de cuidado e atenção e não sei pedir. Sei lá, acho que a pessoa tem que se dar conta. Não dá pra querer que o outro perceba o que você quer ou precisa, sei disso. Mas prefiro não falar nem pedir, por isso simplesmente deixo. Então, vejo que a pessoa não se deu conta e isso me emputece. Errado? Sim. Mas não acerto sempre, nem quase sempre, nem nunca. Eu vivo errando, afinal, a gente tá aqui pra isso, não é? Para errar, fazer certo, buscar o que nem sabemos direito." 
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segunda-feira, novembro 12, 2012


Acostuma-se…

É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se… Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso.
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sexta-feira, novembro 09, 2012


Um pouco insignificante...

" (...)Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas idéias minhas que não são muito abençoáveis.

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor.

Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo.

Me permitir ser um pouco insignificante.

E na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir.

O que eu quero mais? Me escutar e obedecer o meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e despertadores.

E também quero mais tempo livre ... e mais abraços."
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quinta-feira, novembro 08, 2012


Pensamentos são Armadilhas...


"Eu estava triste, o coração apertadinho, o tempo chuvoso no rosto. O pensamento andando em círculos em torno de um único ponto. Na berlinda, um daqueles problemas que a gente precisa resolver, mas não tem a mínima ideia de como. Daquele tipo espaçoso, metido à besta, que diz ser maior do que nós e a gente quase acredita. Todo mundo se depara com um mentiroso desses, de vez em quando. Eles não são seletivos, batem em tudo o que é porta. Astutos, encontram um jeito para entrar mesmo quando tentamos impedir. Alguns nem são novos como o impacto do desconforto faz parecer. Reaparecem, de tempos em tempos, com novidades da versão atualizada do seu programa. Novidades que, às vezes, tornam um pouco mais complicado o que já era difícil.


Eu estava lá há um tempão, olhando para o dito cujo, assustada como um passarinho que se flagra num alçapão. Não conseguia ver um fiapo que fosse de outra coisa qualquer além dele. Problema espaçoso, metido à besta, é assim: se a gente lhe der muita confiança, ele monopoliza o tempo do nosso olhar sem nenhum constrangimento. Mas, de repente, eu cansei do cativeiro. Da tristeza. Do aperto. Da chuva no rosto. Por algum lampejo de lucidez, percebi que nada daquilo me ajudaria a solucioná-lo naquele momento, embora fosse o que eu mais quisesse. Só se o gênio da lâmpada aparecesse ali e me concedesse um pedido, mas como a lâmpada mais próxima ficava no lustre, desconfiei não poder contar com aquela alternativa. Foi aí que peguei meu violão.

Comecei a tocar meio desanimada, cantarolando uma música aqui, outra ali, a voz ainda atrapalhada pelos respingos da tristeza, mas sem me importar com o detalhe de não saber tocar nem cantar de verdade. Depois de alguns minutos, envolvida com a brincadeira, eu já não sentia tão intensamente o peso do tal problema, aquele que eu não poderia resolver de uma hora pra outra. Não demorou para que o meu coração ficasse mais solto e o tempo chuvoso me desse uma trégua. Não foi mágica, apenas uma mudança consciente de foco. Troquei de canal para levar minha vida pra passear um pouco. Para soprar algumas nuvens. Para respirar melhor. Ao permitir que o pensamento se dissipasse, abri espaço para mudar meu sentimento. O problema continuava no mesmo lugar; eu, não. Nós nos encontraríamos outras tantas vezes até que eu pudesse solucioná-lo, mas eu não precisava ficar morando com ele enquanto isso.

Os pensamentos preparam armadilhas pra gente. Ao cairmos nelas, nos enredamos de tal maneira que esquecemos ser capazes de sair de lá. A vastidão da nossa alma fica reduzida a um cubículo, como se não tivesse espaço suficiente para abrigar uma variedade de sentimentos. Passamos a nos comportar como se tivéssemos apenas um lápis de cor e não a caixa inteira. Nós nos apegamos a alguns pensamentos e lhes conferimos exclusividade. Nós lhes damos o cetro e a coroa e afirmamos o seu poder sobre as nossas emoções. Ficamos presos neles, feito passarinho quando cai no alçapão. A diferença é que, por mais que tente, ele não pode sair de lá sozinho, ao contrário de nós. Passarinho tem asas do lado de fora. A gente, do lado de dentro."
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quarta-feira, novembro 07, 2012


Sonho...

"E o outro era diferente!
Gostava dela, muito...
Mais do que ele mesmo dizia,
mais do que ele mesmo sabia,
da maneira de que a gente deve gostar.
E tinha uma força grande,
e uma paciência quente,
cantada,
para chamar pelo seu nome...
Bom...Como um sonho...
Como um sono...
Dormiu."


("A hora e a vez de Augusto Matraga", Guimarães Rosa)
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terça-feira, novembro 06, 2012


Ausência...

"No entanto a tua presença é qualquer coisa, como a luz e a vida...
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto...
E em minha voz, a tua voz...
Não te quero ter, pois em meu ser tudo estaria terminado...
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados..."

Ausência (Vinícius de Morais)
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Sede de Infinito... Saudades...Sei lá...!

"O meu mundo não é como o dos outros: quero mais: exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante, que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista. Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não sossega onde está, que tem saudades sei lá de quê!" 
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